São 38 profissionais na área de psicologia que atuam nas unidades da Semusa
Porto Velho, RO - A pandemia da covid-19 teve grande impacto na saúde mental e no bem-estar das pessoas em todo o mundo, ao mesmo tempo em que deixou sequelas e colaborou para o aumento de transtornos psicológicos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no primeiro ano da pandemia os índices de ansiedade e depressão aumentaram em 25% e, consequentemente, alertaram para que os serviços de assistência à saúde mental fossem intensificados, o que fez com que os profissionais em psicologia trabalhassem cada vez mais para melhorar a qualidade de vida da população, especialmente daqueles que enfrentam desafios emocionais e psicológicos.O Dia do Psicólogo é celebrado nacionalmente em 27 de agosto, momento oportuno para homenagear todos os profissionais que se dedicam a uma missão árdua de empatia, cujo maior objetivo é ouvir e cuidar de seus pacientes. Desde os cuidados com transtornos mentais até a orientação em crises, os psicólogos desempenham um papel crucial, oferecendo apoio emocional, estratégias de enfrentamento e ferramentas para promover o bem-estar mental.
Em Porto Velho, o trabalho não é diferente. Ao todo são 38 profissionais na área de psicologia que atuam nas unidades da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). De janeiro até julho de 2023, 9.450 atendimentos psicológicos foram realizados na rede municipal de saúde.
Psicóloga há quase 30 anos, Eunice Helena Rodrigues Cordenuzzi, ressalta que a data não apenas reconhece a contribuição desses profissionais, mas também enfatiza que, em um cenário crítico onde existem uma série de fatores que podem gerar traumas emocionais, o papel dos psicólogos é ainda mais vital.
“Nos últimos tempos e, principalmente, com o surgimento da pandemia, a cada dia que passa a psicologia vem ganhando força e espaço na nossa sociedade, e sua importância vem sendo reconhecida e valorizada, tendo em vista o papel crucial que nós psicólogos desenvolvemos e colaboramos para a qualidade de vida da população. Nossa responsabilidade está em compreender e estudar as pessoas com a alma e estabelecer relações humanas. Meus parabéns a todos os psicólogos que trabalham para ajudar vidas que estão passando por algum momento de escuridão, e as ajudam a encontrar a luz”, declara a psicóloga.
Eunice Helena é psicóloga há 30 anos
Myrra Rodrigues faz acompanhamento psicológico desde os 12 anos de idade, a paciente, atualmente com 15 anos, conta seu relato emocionada e agradecida. “Quando eu tinha 7 anos, passei por muitos problemas traumáticos durante a separação dos meus pais, e ainda muito criança tive que aprender a lidar com episódios difíceis em minha vida. Aos 12 anos procurei por ajuda, e isso foi muito importante para mim. Quando fui em busca de tratamento, estava em uma depressão profunda, eu me via em uma escuridão muito grande e a equipe do CAPS I foram as pessoas que levaram para fora daquele túnel escuro e sombrio. Hoje eu consigo não só me ajudar, mas incentivar outras pessoas a saírem dessa também e procurar ajuda antes de uma tragédia. Tenho sonhos e objetivos, que depois de tantas situações difíceis, posso acreditar que eles vão se realizar, e poder levar uma mensagem de esperança me deixa muito feliz. Muitas pessoas pensam que só porque você faz tratamento psicológico, você é uma louca, isso é um tabu que precisa ser quebrado, as pessoas precisam olhar com empatia e compaixão para as outras, e a equipe do CAPS teve esse olhar por mim e pela minha mãe”, relata Myrra.
ASSISTÊNCIA
Durante todo ano, a Semusa busca amparar a população que sofre com algum tipo de transtorno mental, através dos atendimentos especializados em saúde mental, denominados Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Ao todo são três redes de apoio que funcionam com serviços de portas abertas, isso significa que o interessado pode se dirigir até o local de atendimento e buscar por tratamento.
No Centro de Apoio Psicossocial Infanto Juvenil (CAPS I), os atendimentos são voltados para o público de 5 a 17 anos, que é referência no atendimento psicológico dessa faixa etária. Pessoas a partir de 17 anos com transtorno mental podem buscar o Caps Três Marias. Já o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD), é exclusivo para pessoas com idade acima de 17 anos, que sofrem com o uso de álcool e drogas.
Unidades são formadas por equipe multidisciplinar voltada para a saúde mental
As unidades são formadas por uma equipe multidisciplinar voltada para a saúde mental, composta por profissionais médicos psiquiatras, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e técnicos de enfermagem.
ATENDIMENTO
CAPS I
Para buscar atendimento psicossocial para menores de idade, os pais ou responsáveis devem comparecer ao CAPS I acompanhados dos documentos oficiais com foto e documentos da criança, comprovante de residência e cartão do SUS. A unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, na rua Dom Pedro II, 2687, São Cristóvão.
CAPS Três Marias
Pessoas que sofrem com algum tipo de transtorno mental como esquizofrenia, depressão grave, transtorno bipolar e ansiedade podem comparecer ao Caps Três Marias. A unidade fica localizada na avenida Dom Pedro II, 2687, bairro São Cristóvão, no 3º andar, de segunda a sexta-feira, e funciona das 7h às 18h.
CAPS AD
Quem deseja se livrar do uso de substâncias psicoativas, pode buscar a rede de apoio para atendimentos direcionados às pessoas com transtornos decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. O Caps AD está localizado na avenida Guaporé, número 3929, bairro Flodoaldo Pontes Pinto. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.
Fonte: Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)
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