Israel x ONU: plano de paz da entidade omite “retorno de 240 reféns”

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Israel x ONU: plano de paz da entidade omite “retorno de 240 reféns”


Subsecretário-geral para Assuntos Humanitários da ONU, Martin Griffiths publicou plano de dez pontos para frear o que chamou de "carnificina" em Gaza. Foto: Divulgação/ONU


Porto Velho, RO - Depois que o subsecretário-geral para Assuntos Humanitários da ONU, Martin Griffiths, publicou nesta quarta-feira, 15, um plano de dez pontos para frear o que chamou de “carnificina” em Gaza, o porta-voz do governo israelense, Eylon Levy, comentou no X, ex-Twitter, que “nenhum desses pontos inclui o retorno dos 240 reféns”.



Em seguida, Levy preferiu apagar o próprio comentário e cobrar de Griffiths um “esclarecimento, por favor”.


“Quando escreve ‘Permitir que os civis se desloquem para áreas mais seguras e regressem voluntariamente às suas residências’, isso inclui permitir que os 240 reféns israelenses voltem para casa? Se não, por que não? Se sim, por que não dizê-lo explicitamente? Obrigado.”

Sem resposta, o porta-voz publicou outro comentário:

“Já li isso três vezes e ainda não consigo acreditar na omissão:

Nenhum apelo ao Hamas para que deixe de usar os hospitais como escudos humanos, em violação flagrante ao direito internacional, anulando sua condição de protegido.

Essas autoridades ​​[da ONU] não estão falhando com Israel – estão falhando com o mundo.”

Griffiths, em sua nota original, afirmou que “o mundo assiste em choque” a ataques a hospitais, morte de bebês e privações de meios básicos de sobrevivência; declarou que “a carnificina em Gaza não pode continuar”; e sugeriu “os passos para controlá-la”.

São eles:

“- Facilitar os esforços das agências de ajuda para trazer um fluxo contínuo de comboios de ajuda e fazê-lo com segurança.

– Abrir pontos de passagem adicionais para a entrada de caminhões comerciais e de ajuda, incluindo Kerem Shalom.

– Permitir que a ONU, outras organizações humanitárias e entidades do setor público e privado tenham acesso a combustível em quantidades suficientes para fornecer ajuda e fornecer serviços básicos.

– Permitir que as organizações humanitárias entreguem ajuda em toda a Faixa de Gaza sem impedimentos ou interferências.

– Permitir expandir o número de abrigos seguros para pessoas deslocadas em escolas e outras instalações públicas em Gaza e garantir que elas permaneçam em locais de segurança durante as hostilidades.

– Melhorar um mecanismo de notificação humanitária que ajude a poupar civis e infraestruturas civis das hostilidades e ajude a facilitar o acesso humanitário.

– Permitir criar centros de distribuição de ajuda humanitária para civis, de acordo com as necessidades.

– Permitir que os civis se desloquem para áreas mais seguras e retornem voluntariamente às suas residências.

– Financiar a resposta humanitária, agora no valor de US$ 1,2 bilhão.

– Implementar um cessar-fogo humanitário para permitir a retomada dos serviços básicos e a retomada do comércio essencial. Esse cessar-fogo também é vital para facilitar a entrega de ajuda, permitir a libertação de reféns e dar trégua aos civis.”

Irã

Uma hora antes de publicar seu plano, o subsecretário da ONU publicou foto do encontro que teve na manhã desta quarta com o ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, no Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), em Genebra.

O Irã é o financiador do Hamas. OCHA é o escritório da ONU que “lava” para a imprensa mundial as narrativas do grupo terrorista, dando ares de legitimidade institucional aos números de mortos e feridos estimados pelo “Ministério da Saúde em Gaza”, que é o próprio Hamas.

Ou seja: o representante da ONU afirmou ter tratado da “situação devastadora em Gaza” com o ministro do regime que financia o terror, no escritório a serviço de sua desinformação.

“A entrega e distribuição de ajuda humanitária a Gaza, incluindo combustível, medicamentos e fornecimentos para o funcionamento dos hospitais, é crítica”, escreveu Martin Griffiths, sem nomear o Hamas como culpado.

Não espanta que omita do plano de paz o retorno dos reféns.

 

Fonte: O Antagonista

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