Kim Jong-un faz 40 anos; talvez

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Kim Jong-un faz 40 anos; talvez


Enquanto o aniversário do ditador norte-coreano permanece incerto, a brutalidade do regime é clara. Foto: KCNA

Porto Velho, RO - O 8 de janeiro pode ser o aniversário de Kim Jong-un, data que as autoridades norte-coreanas e a mídia estatal reconhecem. O debate é sobre o ano exato do nascimento. Enquanto a Coreia do Norte celebra 1982, oficiais da inteligência sul-coreanos sugerem que é 1983. Para os EUA, ele nasceu há 40 anos, em 1984.

A alteração do ano correto pode ter sido feita para coincidir com os 70 anos do nascimento de seu avô, Kim Il-sung, e 40 anos do nascimento de seu pai, Kim Jong-il. Para o ex-astro do basquete Dennis Rodman, amigo do ditador, ele nasceu mesmo em 1984.

Kim Jong-un, o segundo dos três filhos de Ko Young-hee e Kim Jong-il, teria vivido na Suíça na infância. Descrições de colegas da escola retratam o futuro ditador como tímido, fã de basquete e sempre acompanhado por um estudante mais velho, provavelmente seu guarda-costas. Há um debate se os relatos são sobre ele ou sobre seu irmão mais velho, Kim Jong-chul.

O fato é que Kim Jong-un comanda um dos regimes mais repressivos e brutais do mundo, em que os direitos humanos não existem na prática.

Conforme a Freedom House em seu relatório “Freedom in the World 2023”, a Coreia do Norte é um estado onde a liberdade de expressão, religião, e associação não existem. Todos os meios de comunicação são controlados pelo estado. A liberdade religiosa é uma garantia constitucional apenas no papel.

O sistema judiciário da Coreia do Norte é completamente subordinado ao estado, negando qualquer forma de devido processo legal. Violências como tortura, trabalho forçado e execuções públicas são práticas comuns. A privacidade é uma ilusão no país, com a maioria das formas de comunicação sendo monitoradas por uma rede extensa de informantes.

O estado controla todos os meios de comunicação, fixando televisões e rádios em canais estatais e supervisionando rigorosamente todas as publicações e transmissões. As campanhas para enviar informações ao país são severamente punidas, incluindo a pena de morte.

Há relatos de até 70.000 cristãos detidos em campos de trabalho forçado. A liberdade acadêmica também é nula, com o estado controlando rigidamente todos os currículos educacionais. A internet é inacessível para a maioria dos cidadãos, com apenas uma elite tendo acesso limitado.

Não há espaço para reuniões não autorizadas ou organizações não governamentais independentes do estado. As atividades de trabalho organizado, incluindo greves e negociação coletiva, são ilegais e passíveis de punição severa.

O relatório da Freedom House também destaca a discriminação com base na lealdade política, afetando o emprego, habitação e oportunidades educacionais. Mulheres e pessoas com deficiência enfrentam discriminação adicional.

Sob o regime de Kim Jong Un, a Coreia do Norte se mantém isolada e repressiva, negando direitos fundamentais e liberdades aos seus cidadãos. Enquanto se especula se hoje é o aniversário de Kim Jong Un, as realidades sombrias de seu regime fornecem um contraponto severo a qualquer relativização da brutalidade do país comunista.

Fonte: O Antagonista

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